O Tantra é transcendência.
O tantra traz espontaneidade a primeira virtude, a mais fundamental virtude.
A espontaneidade é ímpar.... e agora uma outra coisa que o Tantra diz e precisa ser muito minuciosamente compreendida - a espontaneidade pode ser de dois tipos: pode ser por impulsividade, aí então não é assim tão ímpar; ou ela pode ser consciente, tem a qualidade de ser ímpar, a qualidade Buda.
Ser espontaneo é ser totalmente consciente.
No momento em que você for plenamente consciente, você não estará nem no jogo da mente nem no jogo do corpo.
A verdadeira espontaneidade fluirá da alma - do seu céu, do seu mar sua espontaneidade fluirá.
A espontaneidade advinda da consciência plena.
Quando você realmente quiser sair de todas as valas e gozar da liberdade,
você terá que se tornar uma testemunha de ambos, do corpo - da mente.
Quando você estiver testemunhando a sua espontaneidade advir do seu testemunnhar, então esta será a espontaneidade ímpar, única e singular.
O Tantra é uma só frase:
não se apegue às nuvens porque elas estão ali só por um momento.
Nós viemos daquela fonte pura, daquela fonte inocente e ela retornaremos para descansar. No meio dessas duas haverá muitas nuvens - não se apegue à elas. Simplesmente observe-as. Lembre-se de que você não é a nuvem.
Quais são as perfeições de Buda?
Elas são duas:
pragyam e karuna - sabedoria e compaixão.
Essas são as duas perfeições de Buda. Se as duas estiverem presente, refletidas em sua espontaneidade, então ela é única.
Sabedoria não quer dizer conhecimento.
Sabedoria quer dizer consciência, meditação, silêncio, observação, estar alerta.
E este estado de alerta, deste silêncio, flui a compaixão por todos os seres vivos.
Fonte: Osho - A Visão Tantrica- Discursos sobre as Canções de Saraba
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